O homem de areia - Lars Kepler
*LIVRO CEDIDO PELA EDITORA PARA RESENHA. OPINIÕES INDEPENDENTES.
Mikael Kohler-Frost é encontrado próximo aos trilhos do trem em um estado lastimável: hipotérmico, extremamente magro e com a doença dos legionários. O socorro é chamado, Mikael é levado ao hospital. Porém o surpreendente desta história é que Mikael foi dado como morto há sete anos - seu suposto assassino está preso num hospÃcio por esse e outros incontáveis crimes.
O homem de areia é o quarto do livro protagonizado pelo investigador Joona Linna. Eu sei disso porque é a informação que foi dada no inÃcio do livro mas não li nenhum dos livros anteriores. E precisa? Só se você tiver curiosidade, porque, embora haja menções a casos passados, cada livro conta uma história diferente, um caso que Joona precisa investigar.
Se Jurek Walter está preciso em segurança máxima há vários anos e uma suposta vÃtima dele é subitamente liberta de seu cativeiro, a hipótese mais consolidada é que ele tem um cúmplice com o qual conseguiu se comunicar para dar instruções para libertar o jovem. O problema é que Mikael tem uma irmã, e esta não foi libertada: como ela também pode ter a doença dos legionários, uma infecção potencialmente letal, os detetives tem que lutar contra o tempo para encontrar o cativeiro onde os jovens estavam presos.
Entre em cena Saga Bauer, detetive que recebe a incumbência de se infiltrar no hospital psiquiátrico onde Jurek está e tentar conseguir informações úteis para o caso. O que faz com que Joona a considere perfeita para o trabalho é o fato de Saga ter uma grande beleza mais um emocional e plano interior bem complexos. Ao longo do livro ficamos sabendo um pouco mais sobre o passado de Saga e a razão da grande raiva que ela tem dentro de si.
Quando recebi o livro fiquei um pouco preocupada em ler o quarto volume e perder algo da história. Mas, após sucessivas indicações resolvi dar uma chance e fico muito feliz que tenha feito isso. O homem de areia (que tem esse tÃtulo inspirado no conto/novela de E.T.A Hoffmam) é um thriller da melhor qualidade, seus capÃtulos curtos são viciantes e fizeram com que eu lesse suas 462 páginas em 2 ou3 dias.
Os capÃtulos vão alternando entre diversos ponto de vista, todos narrados na terceira pessoa. Embora Joona seja o principal, para mim Saga roubou a cena em alguns momentos. Ela estava em situação muito mais arriscada que o detetive principal do caso, por isso me interessei muito mais com o que ela estava passando do que com as investigações de Joona ou o dia a dia do médico psiquiatra que atende no hospital psiquiátrico.
Fui lendo os curtos capÃtulos praticamente em desespero em saber o que ia acontecer e, quanto mais chegava perto do final, mais foi difÃcil deixar essa leitura de lado. Embora o caso tenha sido desvendado o livro deixa algumas pontas em aberto para a continuação. O último capÃtulo, por exemplo, deixa uma baita brecha para a continuação tanto que, se esse próximo livro já estivesse publicado, eu teria começado imediatamente.
Se você gosta de livros sobre psicopatas e investigações mas também com aquele ritmo meio frenético que alguns romances desses gêneros possuem, invista em O homem de areia. A forma como o livro me prendeu fez com que eu me lembrasse dos meus sentimentos durante a leitura de outro policial nórdico, A menina que brincava com fogo, um dos meus livros favoritos do gênero. Faz tempo que eu não me prendia tanto assim a uma história desse tipo, com certeza vou ler mais coisas desse autor.
Nota 9 - muito bom. Só não está na lista dos melhores de 2018 porque li depois que já tinha publicado o post.
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