Porque defendo os finais felizes.

segunda-feira, maio 09, 2011 16 Comments A+ a-

                 Podem me chamar de limitada mas pra mim Happy End é o que há. Não suporto livros em que o mocinho morre, a mocinha casa com outro ou o navio afunda (Titanic feelings). Tenho pavor de livros (e filmes) assim e evito ao máximo, sempre que posso.

                Tenho muitos motivos para isso, todos eles com sua dose de loucura que já me são características. Minhas opiniões são sempre difíceis de ser explicadas porque as vezes, quando e trata de livros, não são lá muito racionais.

                O primeiro motivo é o clichê: A vida já é triste o bastante. Não estou falando isso para começar a narrar minha vida para vocês, porque não considero minha vida triste (pelo contrário). Falo dos noticiários, dos jornais... Se você assistir tudo aquilo vai ver que já há tristeza o suficiente no mundo. Eu é que não quero, ao pegar um livro, ter toda aquela dose de realismo que os finais tristes tem. Desculpem quem gosta mas, se eu quisesse mesmo história triste iria ler jornal, não romances.
                Acho que boa parte do meu otimismo (se é que eu tenho algum) é graças aos finais felizes.
                O que nos leva ao segundo motivo: Eu sou muito pessimista/realista. O tipo de pessoa que não acredita mesmo em amor eterno, ou em bondade eterna. A única coisa eterna que eu acredito é a babaquice: Quem age como um babaca na maior parte das vezes vai continuar agindo assim infinitamente. (Se você conhece um babaca sabe do que estou falando)
              
  Essa sou eu no meu dia-a-dia. Mas, quando leio uma história, não fico com essas racionalizações ou pensando no que pode ser ou não possível. Eu sempre (ou quase sempre) entro na história porque sei que as artes são uma espécie de universo paralelo. A mocinha tem câncer terminal? Não tem problema, o namorado vampiro dá um jeito! A mocinha leva um tiro? Ainda bem que foi de raspão.  E não é lindo que ele tenha que conquistar ela de novo todo dia? Eu acho.

Como se fosse a primeira vez

                Não quero saber porque o assassino tem que ficar horas e horas conversando com a única pessoa que sabe que ele é o assassino. Nem porque o laboratório foi burro o suficiente para trocar os exames de sangue. É romance, minha gente: Escreve um argumento bem feito e eu vou acreditar piamente. Só não me venha com tosquices mal resolvidas e que não tem nada a ver com nada. Tudo tem que ter um contexto, mas no geral eu acredito mesmo.

                O terceiro motivo também é hedonista: Eu sou chorona. Já comentei isso em alguns blogs, a verdade é que eu me emociono facilmente: Com filmes, com séries, com novelas, com animes, com telejornais, com histórias tristes que me contam. Não é só porque eu tenho uma visão realista da vida que eu seja fria. Eu sinto empatia pelas pessoas, pelas histórias e situações. Não é algo que eu goste ou que eu me orgulhe, mas acontece.
                Agora você imagina o que aconteceria se eu visse todos esses filmes realistas e o escambau? Entraria em depressão, na certa.  Livros são pior ainda pois uma leitura dura mais tempo que um filme e dá para se aprofundar mais na história – e no sofrimento – dos personagens.
P.S.: Eu te amo
                Sem me alongar muito, os motivos são esses. Tem mais um monte, mas deixa pra outra hora, quem sabe outro post. Quero deixar bem claro, antes de terminar, que eu não odeio filmes com final triste. Muitos dos meus filmes favoritos têm final melancólico. Sou apaixonada por "Closer – perto demais" e por “O fantasma da Ópera”. Gosto muito de “P.S.: Eu te amo”.  Algumas histórias tristes me marcam.

                Mas é algo que eu evito, sempre que posso e de todas as maneiras. Posso perder vários filmes bons por isso? Sim. Posso deixar de ler a obra literária do século? Provavelmente, afinal os críticos só dão valor no que é realista, machadiano.
                Porém não me arrependo de minha opinião, ou de evitá-los. Porque no fundo, no fundo, eu sou uma otimista e acho que a vida é boa. Se não sempre pelo menos no geral.
               

E o debate está lançado: Vocês preferem finais felizes? Ou finais realistas? Acham que uma história pode unir as duas coisas? Podem citar exemplo se quiser. Quero saber a opinião dos leitores (as) do blog. =D





"My work always tried to unite the true with the beautiful; but when I had to choose one or the other, I usually chose the beautiful." -- Hermann Weyl Miss Carbono que é o numero 6 na tabela periodica

16 comentários

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It Cultura
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9 de maio de 2011 às 19:49 delete

Eu gosto de finais realistas. A vida é mesmo muito dura, mas tem vezes que vc precisa de um filme/livro que mexa contigo, que te faça chorar, sofrer, eu gosto de sentir meus sentimentos aflorados.

Massss, com certeza os finais felizes são sempre muito melhores! rs Dá um fiozinho de esperança dentro de nós, de que as coisas podem dar certo tb na vida real...

Bjs,
Kel - It Cultura
www.itcultura.com

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*anaa*
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9 de maio de 2011 às 20:21 delete

Eu também adoro finais felizes. Acho fundamental se sentir satisfeito ao fim de um livro ou filme onde você já mergulhou totalmente, já está torcendo pelos personagens. E como você disse, é só ter um argumento bom e está resolvido!
Claro que tem que convencer, tem que condizer com a realidade, e nem que seja aquele 1 por cento de chance de aquilo acontecer (Por que não? É um por cento, não zero por cento.)
Claro que aqueles finais que fazem chorar, que mexem com a gente, são necessários de se ver, às vezes. Um dos meus filmes preferidos é a Ultima Musica. Eu choro, o pai dela morre, enfim, mas é uma história linda. Como também Um Amor Para Recordar (Nicholas Sparks é especialista em fazer a gente chorar, hein). Ela morre, ok, mas nem por isso o filme/livro deixa de valer a pena. São lições de vida que estão contidas ali.
Certo, já fiz praticamente um post aqui! rsrs
Bjos!

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Anônimo
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9 de maio de 2011 às 20:59 delete

Ah, eu gosto de finais felizes... E realistas. Acho que tem que unir os dois sim. Não devemos chegar ao extremo de Alencar de uma doença ser curada do nada ou o de Machado de bem no finzinho, quando tinhamos esperanças, após muitas dificuldades, ele vem com outra e destrói o casal por definitivo. Nicholas Sparks para mim faz fins tristes de propósito, tipo ele quer ficar conhecido como o "emocionante", sabe? Não gosto dele. É.
Parabéns pelo post, ótimo tema abordado. =)

Beijos
Tarsila
Desalienando

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Anônimo
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9 de maio de 2011 às 21:19 delete

Oi, Miss :)
Esse é um tema interessante.
Bom, eu gosto de ler todo tipo de livro, logo eu espero qualquer final pro enredo.
Particularmente, prefiro as obras Realistas. Como o próprio nome já diz, é mais condizente com a realidade. Um exemplo é o "Primo Basílio(de Eça de Queiroz). Não imagino outro final que não fosse aquele. E certamente foi o mais adequado à trama.
Porém já tive de ler muuuuitos livros com finais felizes e que tbm gostei bastante. Um exemplo é "O Fantasma" (de Daniele Steel). Recomendo! É ótimo! :D
Só não gosto dos exageros de José de Alencar (e outros autores do Romantismo). O excesso de sentimentalismo chega ser surreal em algumas obras. O.o
Bjs ;)

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Anônimo
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10 de maio de 2011 às 12:40 delete

Ah, o livro em que a mocinha se cura do nada é urbano sim. Cinco Minutos. Ela não quer ter um relacionamento com ele porque sabe que vai morrer, sendo que se cura e eles são felizes para sempre. =P
E a forma como eles se apaixonam por nenhum motivo é o fim, rs.
Beijos
Tarsila

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10 de maio de 2011 às 16:28 delete

kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Eu ri com seu post! Adorei!

Eu confesso que um livro com um final triste, capaz de me emocionar, me ganha! Eu adoro livros comoventes. Prova disso é que meus preferidos são Marley e eu, A arte de correr na chuva, O diário de Anne Frank, Meu pé de laranja lima...

Adorei o post!

BjoO
Pri
Entre Fatos e Livros

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Caue1507
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10 de maio de 2011 às 19:20 delete

prefiro finais realistas, se for um final feliz mas com fatos que realmente não teriam como levar a história para um final triste, otimo, mas aqlas coisas impossiveis de acontecer eu não gosto mto ^^'
tem selinho pra vc lah no blog! =]

--
hangover at 16

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Unknown
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10 de maio de 2011 às 20:35 delete

Eu gosto de bons finais, não importa se são felizes ou tristes. Pra mim é a coerência com a aobra. Não me venha com uma comédia romântica com final triste. Pra mim não é comédia romântica.

Mas imagina E O vento Levou com final feliz. seria bom, mas a história não seria tão grandiosa.

Não sei se me expliquei bem, mas eu acho que é muito relativo.

Ah! Adoro closer também. E Titanic. Hehe!

Beijos!!

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11 de maio de 2011 às 00:58 delete

Concordo com você
Se vamos pegar um livro ou filme para ver
E porque queremos fugir um pouco da nossa realidade para ter uma boa sensação e ver coisas tristes não ajuda em nada, quem esta querendo uma valvula de escape dos seus problemas
Eu apoio finais felizes \o/

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Unknown
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11 de maio de 2011 às 02:25 delete

Finais Felizes!

Forever and Ever!

De tragédias amorosas já basta minha vida!
asuahuhsa
O que eu quero é um mocinho pra me salvar sempre!=)

Bjinhos
Psiu!
www.SilencioQueEuToLendo.com.br

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Sandra
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11 de maio de 2011 às 10:36 delete

Hey, Miss!

Eu tb adoro finais felizes e achei ótimo o seu post. Mas tb gosto dos outros finais. Nos livros de Sidney Sheldon e John Grisham, por exemplo, essa magia de final feliz não costuma acontecer, mas eu sou super fã deles.

Mas, assim como vc, eu tb evito certos livros e filmes... aqueles que têm animais. Tipo Marley & Eu, A Arte de Correr na Chuva e por aí vai... eu sei q os bichinhos sofrem, morrem... e não adianta... não leio, não leio e não leio! Nem assisto! Porque também sou muito chorona e me emociono e me envolvo demais... rs.

Te entendo, menina!

Beijão!

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11 de maio de 2011 às 11:01 delete

Olá, Miss.
Estou seguindo o blog, adorei seu espaço literário!!
Parabéns!
Curti muito o seu texto e concordo com seu ponto de vista. Também adoro finais felizes seja nos livros ou filmes. Evito ficar chorando, mas é inevitável quando o desfecho dos personagens não é dos melhores.
A vida já é tão difícil e injusta que prefiro a ficção idealizada e perfeita como na realidade deveria ser rs.
Bjos.

Mariana Ribeiro
Confissões Literárias.

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Bismarck
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1 de agosto de 2015 às 10:24 delete Este comentário foi removido pelo autor.
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Bismarck
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1 de agosto de 2015 às 10:35 delete

Olá. Eu escrevo algumas resenhas críticas sobre literatura de maneira amadora e encontrei a página por acaso. Como o tópico me chamou a atenção, vou participar.

Pessoalmente, eu prefiro finais realistas e tristes. Como considero que é mais raro ver livros e filmes que tenham essa tônica, valorizo o simples fato de ser surpreendido. Essa, aliás, é uma das razões fazem as telenovelas me frustrarem, ainda que possam haver suas raríssimas exceções. Você geralmente tem aquela certeza de que nos últimos capítulos haverá uma epidemia de gravidez/casamentos para os casais "legais" e uma má sorte crônica para os vilões. Acho que simplesmente adquiri uma antipatia por sempre esperar que tudo seja um "mar de rosas" no final. Aliás, mesmo havendo tragédias, despedidas etc. no fim (ou durante o enredo), é possível extrair alguma beleza do momento e meditar sobre ele.

Beijos.

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Anônimo
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15 de dezembro de 2016 às 23:48 delete

Também adoro finais felizes e fico frustrada quando eles não acontecem. Gostaria de uma lista com alguns livros nessa linha, mas não precisam ser água com açúcar. Alguma indicação?

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Anônimo
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22 de maio de 2019 às 12:02 delete

Tambem sou a favor dos finais felizes. Porque no final apesar de realismo ser necessário uma coisa que muitos críticos esquecem e que apesar de raros, finais felizes existem sim. Caso contrario não lutaríamos por nada na vida porque todo esforço seria em vão. E acho que ultimamente na literatura e no cinema o triste, o mórbido e melancólico estão valorizados demais.

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Olá, seja bem-vindo!

Pode falar o que quiser do filme, livro ou texto - só peço que tome cuidado para não ofender os outros leitores do blog. Nada contra palavrões mas também não vamos exagerar, ok?

Obrigada!