Rebecca - Daphne du Maurier
via InstagramReleituras são sempre uma experiência interessante. Lembro que a primeira vez que li esse livro (no alto dos meus 13/14 anos, interpretei essa História mais como uma história de amor que como o suspense que, de fato é. A narradora em primeira pessoa, uma jovem não identificada que, aos 21 anos se casa com Maxim DeWinter, bem que tenta nos fazer comprar esse amor de conto de fadas entre ela e o homem muitos anos mais velho. Mas logo a realidade se impõe: quando voltam da lua de mel a mansão Manderly são recebidos por uma criadagem e com uma casa cheia de lembranças da falecida esposa de Maxim, Rebecca.
É singular que a mulher que dá titulo ao livro sequer aparece na história, enquanto da narradora mal sabemos o nome. Na verdade, até mesmo a narradora logo se vê obcecada por Rebecca, como ela era, o que fazia, como era o casamento dela com Maxim. E quanto menos o marido quer falar sobre a falecida, mais a narradora quer descobrir - tanto que acaba conseguindo.
Ao ler esse livro tenha em mente que foi publicado pela primeira vez em 1938 - tal História não faria o menor sentido se ocorresse em um período posterior à esse e talvez não faça muito sentido se os leitores não tiverem a consciência de que se trata de uma História escrita onde havia convenções sociais que hoje não mais existem. Apesar de ter sentido dificuldades devido a tradução antiquada que peguei, gostei dessa releitura, talvez por motivos diferentes que a Karol adolescente.
Recomendo para quem está no pique de ler um romanção de época meio sombrio (uns elementos do gótico podem ser percebidos) e com um desfecho surpreendente.
Nota 4⭐ /5
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