Meu Primeiro Assassinato - Leena Lehtolainen (Resenha)
"Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro..."
Djavan sabia mesmo das coisas. Tem melhor coisa do que ler tranquilamente naquele friozinho? Foi só o tempo esfriar que peguei esse romance policial, já que isso normalmente é sinônimo de uma leitura agradável. Junte-se isso ao fato da história se passar na Finlândia, um lugar beeem frio e pronto, temos a receita que tem tudo para dar certo.
"Meu Primeiro Assassinato" conta a história da policial temporária Maria Kallio, que é chamada para uma cena de homicÃdio em uma casa de campo. Ao chegar ao local se dá conta de que este não será mais um caso simples como os que vem trabalhando anteriormente: primeiro porquê não há, entre as 8 pessoas, qualquer uma que tenha assumido a autoria pelo assassinato. Depois há o pior de tudo, Maria conhece aquelas pessoas, incluindo o morto.
Embora haja uma chamada na capa que diz que essa é "uma estreia de tirar o fôlego para Maria Kallio" o andamento de "Meu Primeiro Assassinato" é tão lento que duvido que tire o fôlego de qualquer um.
Isso não seria um problema se o desenvolvimento fosse interessante mas é justamente aà que se encontra a maior falha desse livro. A investigação policial acontece de uma forma tão lenta e sem perspectivas que, quando tudo é esclarecido, a gente se pergunta se a detetive não acertou tudo por mero palpite.
Maria Kallio é daquelas detetives que funcionam mais pesquisando e analisando as evidências. Porém, Kallio carece de personalidade e se comporta de maneira dúbia e indecisa o tempo todo. Os outros detetives não sentem confiança no trabalho de Kallio e o mesmo acontece com o leitor. Mas, no caso deste último, o que provoca a desconfiança não é por ela ser mulher e sim por carecer de qualquer qualidade especial que a possa distinguir de qualquer outro detetive.
Eu até leria outro livro dessa autora (vi que tem uma continuação) não fosse o final, que é absolutamente ridÃculo. O que era uma história mais ou menos se tornou um completo fiasco com um desfecho que inclui a detetive principal do caso tendo que levar um tapa da cara para se recuperar. A cena tem ares de dramalhão e só piorou o livro pra mim.
Terminei duplamente decepcionada pois, não só perdi meu tempo com uma história que não me deu o que esperava, como também falhei em encontrar uma boa série policial cuja protagonista é mulher.
Nota 6 - não gostei.
P.S.: Alguém tem alguma sugestão de livro com polÃcia/detetive feminina? Miss Marple não conta.
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