Filme: Precisamos falar sobre Kevin

sexta-feira, janeiro 25, 2013 0 Comments A+ a-


        Esse era um filme que eu tinha certa curiosidade de assistir por causa dos comentários na rede. Tanto o livro quanto o filme despertaram uma série de emoções nas pessoas que os assistiram e eu quis ver o que havia de tão brutal nessa história. 

   De um modo geral, o filme conta a história de Eva, uma mulher triste e solitária que tem de conviver com o ódio daqueles que vivem em sua cidade. Em um primeiro momento não se explica o por que dessa aversão e esse "mistério" só vai se revelando com o passar do filme. 
          De maneia não linear somos apresentados a história de Eva e sua família, constituída do marido e dois filhos. Sob a ótica da mãe vemos que Kevin, o filho mais velho, não é como as outras crianças e que, de alguma forma, Eva era a unica que percebi isso (seu marido e a filha caçula amavam o garoto). 
           Não posso dizer que gostei de Precisamos falar sobre Kevin. Porém o filme, de certa forma, me marcou e me fez pensar, da mesma forma como outras pessoas já comentaram. Quer dizer, uma pessoa realmente nasce má? Será que a criação tem algo relacionado com isso ou, mesmo se Eva fosse uma mãe "padrão" o desfecho teria sido o mesmo? 
          Acredito que personalidades são algo com o qual nascemos, inclusive a personalidade anti-social, famosa como psicopatia. Mas, ao contrário do que muitos especialistas afirmam - a autora do livro Mentes Perigosas é uma delas - não acho que a criação seja um fator desimportante nessa formação. 


           Por isso, vendo o desfecho do filme, não posso deixar de responsabilizar um pouco Eva por tudo o que aconteceu. Uma criança que, já tendo um certo tipo de personalidade, foi tão não-querida pela própria mãe, dificilmente seria outra coisa que não um criminoso quando fosse mais velho. Talvez a heroína pense da mesma forma pois, do contrário, por que se martirizaria da maneira como faz? 

          Quanto a Kevin, é um personagem doentio e, ao mesmo tempo, interessantíssimo. Sim, ele é mau e isso brilha em seus olhos o tempo inteiro. Mas, ao mesmo tempo, há algo de infantil nesse jovem, talvez até mesmo angelical. Dou meus totais elogios ao ator que interpreta Kevin quando adolescente, Ezra Miller. Não conhecia o trabalho do ator mas fiquei impressionada com a maneira com que ele conseguiu transmitir esses sentimentos ambivalentes sobre seu personagem. Ele e Tilda Swinton, que vive a mãe de Kevin, mantiveram um desempenho impecável em cena e, juntamente com a direção e roteiro impecáveis, fizeram de "Precisamos falar sobre Kevin" um filme que dificilmente será esquecido. 

           Minha nota é 8 - trata-se de um bom filme. Apesar de eu ter pensado em sair da sala em diversos momentos (principalmente devido a trilha sonora irritante), não consegui me afastar até ver o desfecho dessa história. Não gostei propriamente do filme mas reconheço o valor da narrativa e das atuações dele, então não me arrependo de tê-lo assistido. 
        Recomendo se gostar de filmes sobre assassinos em uma abordagem diferente (sob a ótica da mãe de um deles) e de maneira mais realista. 

Trailer legendado.

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