Filme: A mulher de preto. (resenha/review)
Daniel Radcliffe superou mesmo essa coisa de Harry Potter. Ou pelo menos está tentando fazê-lo, ao escolher o papel de um homem mais velho, em um filme de suspense/terror.
Em “A mulher de preto” ele vive o advogado Arthur Kipps, um viúvo com um filho pequeno, a quem seu chefe dá um ultimato: Ou ele vai à essa cidadezinha do interior da Inglaterra e faz um bom trabalho regularizando os documentos de uma antiga mansão ou é demitido. “Isso não é uma firma de caridade”, diz o chefe. Então ele combina de se encontrar com seu filho em 2 dias e vai para lá sozinho.
Mas a cidade guarda um segredo, percebe-se que os moradores não estão felizes com a presença de Arthur. Mesmo com toda a insistência para que ele vá embora ele resolve ir até a mansão.
Uma coisa interessante no filme, é que ele conta com poucas falas e poucos personagens, a maioria dos habitantes da cidade são figurantes. Mas a casa é quase uma presença, a primeira visão dela é ao mesmo tempo assustadora e imponente: É uma espécie de ilha a qual só se pode chegar quando a maré está baixa, ou seja, em horários especÃficos. Em volta da casa há um pântano onde, Arthur descobre depois, um trágico acidente aconteceu.
Sei que a história é inspirada/baseada em um livro homônimo de Susan Hill, mas não posso fazer muitos comentários sobre, uma vez que não li o livro. Só digo que achei a trama muito interessante, com um clima de suspense e medo que não costumamos ver nos filmes de agora. Claro, o roteiro deixa algumas pontas soltas (o que aconteceu com o cachorro?), mas tem seus méritos por dosar o medo e o suspense, fazendo com que o expectador sinta aquela expectativa sempre que Radcliffe está na casa.
É um filme para quem gosta daquele suspense mais clássico, que envolve fantasmas e casas. O clima me lembrou um pouco O orfanato mas o final vai para o lado contrário, ao invés da realidade chocante de O orfanato, vemos o sobrenatural tomando conta. Não considero algo negativo, pelo contrário, acho que histórias sobre fantasmas devem sempre ter um final ‘aberto’ para que o expectador fique com medo até depois de o filme ter acabado.
Falando sobre medo, se tiver alguma fobia com bonecas, ursos de pelúcia, palhaços e outros brinquedos de olhar fixo passe longe desse filme (ou vá correndo assistir, dependendo do seu nÃvel de coragem). Foi angustiante cada close naqueles brinquedos antigos espalhados pela casa, só aumentando o clima de suspense para quando a mulher de preto aparecia.
Mas o que há de especial nesse filme, alguns devem estar se perguntando, só uma mulher com um vestido preto? É, isso mesmo. Mas Jason é só um cara com uma mascará de Hockey, Ghost Face é só um cara com uma mascara de fantasma e, bem, Jigsaw é um velho moribundo que filma um boneco de ventrÃloquo (em uma bicicleta).
A questão dos filmes de terror/horror é o clima de suspense e medo que esses despertam nos expectadores e, no caso de A mulher de Preto a história me trouxe exatamente isso. Nota 9 – muito bom.
p.s.: Vi o trailer de ‘Jogos Vorazes’ no cinema. Preciso mesmo ler o livro antes de assistir ao filme, acho que vou gostar bastante da história.
Gosta de histórias de fantasmas? Comente!
5 comentários
Write comentáriosEstou com esse filme no pc, já que não pude ir ao cinema.
ReplyQuero muito ver o Daniel e adorei seu crÃtica, principalmente a parte sobre os vilões assustadores com apenas uma máscara. Isso dá um estudo, rs.
Beijos!
Arte Around The World
Gostei da sinopse do filme,e se ele lembra um pouco o filme O orfanato,acho que vou gostar,amei a dica!
ReplyBeijos!
by Carla
www.blogmeureino.blogspot.com
To vendo varias criticas boas desse filme e estou cada vez com mais vontade ver! Só falta o tempo e o dinheiro permitir! Amei sua critica!!!
ReplyBjs
o filme é mesmo muito bom
ReplyNa verdade quando eu vi a mulher de preto no filme nem medo eu senti, achei ela a maior gata, queria uma gótica dessa pra mim, melhor que essas paty com essas roupa colorida!
ReplyOlá, seja bem-vindo!
Pode falar o que quiser do filme, livro ou texto - só peço que tome cuidado para não ofender os outros leitores do blog. Nada contra palavrões mas também não vamos exagerar, ok?
Obrigada!