Contrato de Sedução – Penny Jordan
Sapphire é uma jovem de 21 anos, tem um bom emprego em Londres e namora um bom sujeito, chamado Alan, com quem pretende se casar. Essa vida traquila na “cidade grande” foi conquistada nos últimos 4 anos, depois que ela se separou do ex-marido, Blake, a quem ela amou demais mas a quem abandonou quando descobriu que ele não a amava da mesma maneira, que só queria as terras de seu pai, e não a própria Sapphire.
Mas então ela recebe uma carta que muda toda sua vida organizada: Seu pai estava morrendo. Ela então volta para a fazenda da família, situada numa vida pequena em que as pessoas parecem ter parado no tempo. E reencontra Blake, que continua tão atraente quanto há 4 anos atrás.
Penny Jordan construiu, em Contrato de Sedução, um típico romance de banca, com todos os ingredientes “tradicionais”: Um casamento de conveniência, um homem misterioso, uma mocinha insegura e dramática e uma rival que quer separar esse casal.
Pois é, Sapphire sempre acreditou que Blake amava Miranda, uma mulher alguns anos mais velha e muito mais sofisticada que a jovem. Mas se vê obrigada a aceitar um novo casamento de conveniência com Blake, nem que fosse para alegrar o pai em seus últimos meses de vida, e fazê-lo acreditar que as terras estavam em boas mãos.
Achei a heroína um pouco ingênua, principalmente por acreditar tão facilmente na doença do pai, só por que o achou abatido, sem sequer confirmar o estado com o médico. Blake simplesmente jogou que o pai dela estava morrendo e, pronto, ela acreditou.
No começo achei que Blake seria igual ao Rashid de “Cativa”, arrogante e ogro com a mocinha. Mas ela acabou se revelando um bom sujeito, mesmo que tendo seus momentos ogros, sempre demonstrou sentir algo por Sapphire, até o final, quando desaba de sua postura contida e mostra-se como um homem romântico e sensível.
Mas, como um livro escrito na década de 80 que é, algumas visões mais tradicionais também está presentes nesse livro. Apesar de fingir que já teve relações com seu namorado Alan, Sapphire só perde a virgindade com Blake, o homem que ama, e também seu marido. Não é algo que se vê em um livro moderno mas não incomodou muito a leitura, deu para atribuir essa visão mais estreita de como uma mulher deve se comportar ao ambiente interiorano e “parado no tempo” em que se passa a história.
A única coisa que me irritou mesmo na história foi uma das cenas que antecedem o final, quando Sapphire chega a conclusão de que deixar Blake novamente era como perder qualquer motivo para viver. Esse negócio de “se ele não me ama então quero morrer” sempre me irrita nas histórias que leio, mesmo em clássicos como Romeu e Julieta. Acho que para amar alguém é preciso, em primeiro lugar, amar a si mesmo e Sapphire não pareceu se amar muito quando fez o que fez. Também é estranho que uma moça tão preocupada com o pai no inicio do livro, opte pelo suicídio sem sequer pensar no velho, mas isso é outra história.
Acho que Penny Jordan (a moça da foto acima) criou uma histórias sem muitas surpresas ou aventuras mas que não deixa de ser uma boa leitura. A autora escreve bem e cria personagens que são interessantes de se acompanhar, embora não dê para gostar muito deles. Comparando com alguns romances de atualmente que, tentando inovar, acabam colocando os pés pelas mãos, “Contrato de Sedução” é quase um alivio e a prova de que o “tradicional” também pode ser bom. Nota 7,5 – um bom livro (tirei meio ponto por essa tentativa de suicídio da mocinha).
E você: O que acha de mocinhas que "não querem mais viver" quando levam um pé na bunda? Comente!
7 comentários
Write comentáriosMiss, concordo inteiramente com você. Essa história de mocinha insegura e que não quer mais viver porque um cara não ama não está com nada. Fala sério, vai se matar e o cara ainda vai ficar no "bem bom" com outra (se ele não amasse ela, era exatamente o que faria)? haha, corta essa!
ReplyBeijinhos
Conjunto da Obra
Eu nem digo nada, ou melhor digo sim:
Replyodeio esse povo que literalmente faz tempestade em um copo d'água, dá vontade de dar um tem na cabeça, mas ás vezes se o tal do "amor" existe mesmo, esse sofrimento também, mas...
Não querem mais viver, vão ajudar pessoas, animais e a natureza que precisam de ajuda, e retomem a vida, não ficar em funão de um(a) só!
Mas, enfim...
Passa lá no Simbolista!
http://www.osimbolista.blogspot.com
Eu simplesmente amei a sinopse deste livro que confesso, não conhecia. Deu uma baita vontade de ler mesmo.
ReplyMocinhas que tentam o suicídio? O desespero leva à loucura!
Balaio de Livros.
Antigamente não gostava de livros de banca, mas comecei a ler e gostar
ReplyE esse me parece ser muito bom, se tiver uma oportunidade de ler, não vou perder
Beijos
Ah, não sei se leria... Até parece uma história interessante, pela resenha... Mas já raramente leio romances assim e ainda por cima tão antigo. Não sei rs. Além da parte da tentativa de suicídio...
ReplyBjs,
Kel
www.itcultura.com
Oie Carol.!
ReplyAh nossa eu morro de raiva quando dou de cara com essas criaturinhas submissas em livro, sério!
Qual é a parte difícil de deixar pra lá? Mas não a maioria das mocinhas tem que rastejar por amor...hahaha
e essa aí deu a louca de vez.!
Mas fico interessada em ler algo da Penny, pq sempre leio alguns elogios à ela
bjs
Nana - Obsession Valley
Hey, Miss!
Reply"E você: O que acha de mocinhas que "não querem mais viver" quando levam um pé na bunda?"
Eu acho que mocinhas desse tipo devem levar não só um pé na bunda como também outro na cabeça, pra ver se o juízo volta pro lugar! ahahaha
Mas sabe que gostei da sua resenha? Fiquei com vontade de ler o livro.
Saudade daqui, menina! Mas agora voltei.
Beijão!
Olá, seja bem-vindo!
Pode falar o que quiser do filme, livro ou texto - só peço que tome cuidado para não ofender os outros leitores do blog. Nada contra palavrões mas também não vamos exagerar, ok?
Obrigada!