A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata | Review

sexta-feira, setembro 28, 2018 0 Comments A+ a-


   1946, pós Segunda Guerra Mundial, a vida de Juliet não poderia estar em um caminho melhor: depois de ganhar um bom dinheiro publicando um livro através de pseudônimo, ela agora tem o direito de escrever praticamente sobre o que quiser, além de poder escolher um lugar melhor para morar do que a casa de pensão em que atualmente vive e mora. 
   Tudo está bem mas Juliet ainda vive as marcas da guerra e de tudo o que perdeu. Ela não se sente com o direito de ser feliz de novo, e parece que nada a empolga realmente. Um dia, ao receber uma carta da ilha de Guernsey, Juliet se vê interessadíssima numa tal "Sociedade Literária da Torta de Casca de Batata", tanto que vai até a ilha para participar de uma reunião do clube e conhecer o autor da carta, Dawsey.
   Com uma fotografia belíssima e personagens interessantes e uma história que une romance e mistério, "A sociedade literária e a casca de batata" foi uma grata surpresa. Encontrei esse filme por acaso na Netflix e me interessou principalmente pela atriz que faz a personagem principal, Lily James. Como estava ainda na ressaca emocional pós "Mamma Mia - Here We Go Again" coloquei logo na minha lista do Netflix mas foi só recentemente que eu consegui, de fato, assistir.
   Conforme Juliet vai investigando mais a respeito do clube de leitura e de seus fundadores, mais vai ficando interessada naquelas pessoas, principalmente Dawsey. Mas, embora a atração entre os dois seja aparentemente mutua, Juliet está noiva quando vai até Guernsey. E Dawsey tem uma menininha para cuidar, filha da misteriosa Elizabeth, a fundadora do clube, que desapareceu há alguns anos. Enquanto tenta encontrar Elizabeth e saber mais sobre o clube e os fatos dos anos em que a ilha estava invadida por oficiais alemães, Juliet ainda luta contra essa atração que parece não ter muito futuro. 
   O filme não é americano e isso é perceptível em vários aspectos. A quantidade de atores e atrizes ingleses (muitos de Downtown Abbey, inclusive) e o local onde se passam a história já deixam transparecer que se trata de uma produção desse país. Outra coisa que sempre me chama a atenção em produções não-americanas é a duração do filme: pouco mais de duas horas, sendo que a história poderia ser contada com pelo menos meia hora menos. 
   Não me incomodei com esse filme sendo um pouco mais longo, porque dá um cadenciamento para a história, convence mais quem está assistindo que aquele amor entre os personagens não é tão súbito assim. Acho que esse é o tipo de filme para quem está querendo uma história simples e bonita mas bem desenvolvida, que não se atropela nem tem muitas cenas explícitas. 
   Recomendo para os que gostam de romance, claro, mas também para os que tem interesse em histórias que se passam na segunda guerra mundial. Mesmo o período sendo posterior a guerra, há muitos flashbacks sobre esse período. 
   Nota 8 - bom filme. 

|TRAILER|

Nascida no interior de SP, formada em Publicidade e Propaganda, sempre gostou de dar palpites sobre filmes, séries, animes, livros e o que mais assistir/ler. Autora do Blog "Resenhas e Outras Cositas Más" (Miss Carbono) e "Coisas de Karol". No Twitter fala de política, séries e da vida (não necessariamente nessa ordem). Siga: @karolro


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