Me chame pelo Seu Nome (Review) #Oscar2018

sexta-feira, fevereiro 16, 2018 0 Comments A+ a-


   Elio é um jovem de 17 anos que vive com sua família em alguma parte ensolarada da Itália. Todo verão sua família acolhe algum estudante para trabalhar com o pai deste em troca de moradia e Elio tem que ceder seu quarto para esse estranho ou estranha.
   Ã‰ dessa forma que Elio conhece Oliver, que tem 24 anos. Desde o primeiro encontro da pra perceber que tem algo diferente nesse estudante. Em meio a tantos outros e de alguma forma ele chama a atenção de Elio, que se vê cada vez mais encantado com o homem mais velho. 
   Como o filme é baseado em um livro em primeira pessoa, não conhecemos muito do ponto de vista de Oliver nessa história, só como Elio enxerga o relacionamento dos dois. Mesmo assim, dá para ver em pequenos detalhes que Oliver não é tão invulnerável e inatingível quanto Elio parece pensar no começo. 
   A fotografia do filme é excelente e mostra bem esse local paradisíaco onde se passa a história. No começo somos informados de que a trama se passa na década de 80 mas a história parece tão atemporal (com exceção da trilha sonora) que daria para colocar praticamente qualquer ano antes do surgimento do celular e Internet ali.

   Gosto muito das atuações de Armie Hammer e Timothée Chalamet em "Me chame pelo seu nome". A química entre os dois atores está perfeita, em cada olhar, toque e sorriso dá para sentir a atração entre Oliver e Elio. Quando essa atração se converte no primeiro beijo do casal, não dá para assistir sem se impressionar com a quantidade desejo é atração que eles conseguem emanar.  Não dá pra acreditar que tiraram Armie Hammer das indicações no Oscar desse ano mas torço por Timothée desde já.
     Mais que um filme de descoberta da sexualidade, "Me chame pelo seu nome" é um história de amor entre dois homens. É tão raro assistir a um filme com um casal homoafetivo que não tenha nenhuma cena de homofobia ou morte que quando ocorre, como é o caso desse, dá até um quentinho no coração.
    Não quero dizer com isso que tudo segue os moldes dos filmes românticos tradicionais. Até porque, na década de 80, seria muito difícil que esse relacionamento terminasse com os dois homens casados e com filhos, por exemplo. Mas é tão singular e bonita a história contada em "Me chame pelo seu nome" que não dá para ficar triste assistindo esse filme. Mesmo me emocionando em alguns momentos o sentimento maior foi de que estava vendo uma história de amor linda sendo contada.

   Ainda não vi todos os indicados ao Oscar de melhor filme mas, de todos que já assisti até agora, Call Me by your Name é um dos que mais gostei. Eu não poderia terminar sem comentar a cena mais bonita do filme que, curiosamente, não envolve o casal mas sim Elio e seu pai: foi tão bonito ver a conversa entre pai e filho, as palavras do mais velho e todas as revelações que se seguiram... Só por esse momento já teria gostado demais do filme, mas temos alguns outros bons momentos, como aquela ligação do final.

   Dei nota 9 - muito bom.



Nascida no interior de SP, formada em Publicidade e Propaganda, sempre gostou de dar palpites sobre filmes, séries, animes, livros e o que mais assistir/ler. Autora do Blog "Resenhas e Outras Cositas Más" (Miss Carbono) e "Coisas de Karol". No Twitter fala de política, séries e da vida (não necessariamente nessa ordem). Siga: @karolro


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