A Rainha Vermelha - Philippa Gregory (Resenha)
A
rainha vermelha é a continuação de um dos melhores livros que li em 2017, A
Rainha Branca da autora Philippa Gregory. Logo que terminei o incrÃvel primeiro
livro eu já pensei em começar o segundo mas resolvi esperar um pouco, com medo
de que as altas expectativas atrapalhassem a minha leitura do segundo livro.
Isso
foi muito bom, já que o segundo livro foi escrito do ponto de vista de
Margarete Beaufort, nada menos que a pior inimiga da protagonista do primeiro
livro, Elizabeth Woodville. Não acho a protagonista de “A rainha branca” uma
mulher acima de crÃticas mas, nessa ‘batalha’ entre as duas mulheres sou 100%
team Elizabeth. Se tivesse começado esse segundo livro logo em seguida logo o
teria abandonado ao descobrir de quem se trata.
A
Rainha Vermelha é basicamente um reconto dos momentos de A Rainha Branca, mas
sob o ponto de vista dessa outra personagem. Eu não gostei de Margarete desde a
primeira cena mas, alguns momentos do livro me fizeram ter um pouco de empatia
por ela. É uma personagem muito culta, que sempre quis estudar e ser religiosa
mas, por sua posição como herdeira direta do rei na época em que era mais
jovem, foi obrigada a se casar e produzir um herdeiro com apenas 13 anos. A
cena do parto de Margarete é bem difÃcil, principalmente quando descobrimos,
junto com a personagem principal, que a sua própria mãe exigia que fosse salva
a vida do bebê ao invés da dela, caso tivessem que escolher. Não dá para ficar
indiferente lendo algo assim.
Infelizmente,
o decorrer do livro se encarrega de acabar com essa simpatia que temos pela narradora.
Margareth é narcisista e obsessiva e só se importa em colocar o seu filho na
posição de Rei, estando disposta a qualquer coisa para colocar Henrique Tudor
como o próximo rei da Inglaterra.
Não
fosse essa total falta de ética e escrúpulos, Margareth também é uma manÃaca religiosa,
obcecada com Joana D’arc e que acredita piamente que Deus fala com ela e que a
sua vontade e a de Deus são a mesma. É muito irritante ver uma personagem sem
caráter nenhum atribuir seus planos pérfidos à vontade de Deus se cumprindo.
Outra coisa que me desanimou um pouco foi o fato da narradora estar muito longe da ação em boa parte da história. Margareth só vai para a corte aos 27 anos o que, em termos de história, é muito depois do inÃcio do livro e também de vários acontecimentos interessantes. Vemos momentos chaves do primeiro livro vistos apenas a distância por uma personagem que não tem qualquer influência sobre esses fatos, além do fato de estar rezando quando eles aconteceram.
Outra coisa que me desanimou um pouco foi o fato da narradora estar muito longe da ação em boa parte da história. Margareth só vai para a corte aos 27 anos o que, em termos de história, é muito depois do inÃcio do livro e também de vários acontecimentos interessantes. Vemos momentos chaves do primeiro livro vistos apenas a distância por uma personagem que não tem qualquer influência sobre esses fatos, além do fato de estar rezando quando eles aconteceram.
Quando
Margareth vai à corte, agora casada com Lorde Stanley, a trama melhora
bastante. O que mais gostei do primeiro livro foi “o jogo dos tronos”, a forma
como os personagens tramam por detrás dos panos sua permanência no poder. A ida
da personagem ao local onde essas intrigas acontecem fez a trama começar a
girar e a ficar interessante, mesmo eu acompanhando sob o ponto de vista dessa
mulher detestável.
Mas
tudo o que é bom dura pouco e logo a protagonista sai do centro dos acontecimentos.
Imagino que esse perÃodo vai ser narrado em primeira mão por alguma outra
personagem dos próximos livros, mas é frustrante mesmo assim. Queria saber em
detalhes o que acontece quando o Rei Ricardo chega ao poder mas não é nesse
livro em que vemos esses acontecimentos de perto.
Em determinado momento, Margareth tem que hospedar a filha de Elizabeth Woodville, a também chamada Elizabeth. É um dos momentos mais irritantes do livro, porque percebemos o quando Margareth é horrÃvel e mesquinha. Felizmente Elizabeth rouba a cena nessas trocas com a futura sogra: um dos últimos diálogos entre elas me levou do ódio profundo à uma gargalhada em poucos segundos – risada não de alegria mas de satisfação de ver essa protagonista tão antipática ser devidamente mal tratada. Infelizmente estava lendo do trabalho quando isso aconteceu, o que não foi muito legal para minha reputação por lá.
Em determinado momento, Margareth tem que hospedar a filha de Elizabeth Woodville, a também chamada Elizabeth. É um dos momentos mais irritantes do livro, porque percebemos o quando Margareth é horrÃvel e mesquinha. Felizmente Elizabeth rouba a cena nessas trocas com a futura sogra: um dos últimos diálogos entre elas me levou do ódio profundo à uma gargalhada em poucos segundos – risada não de alegria mas de satisfação de ver essa protagonista tão antipática ser devidamente mal tratada. Infelizmente estava lendo do trabalho quando isso aconteceu, o que não foi muito legal para minha reputação por lá.
Não
sei dizer se pretendo continuar com essa série. O segundo livro, embora tenha
seus momentos frenéticos e seja tão bem narrado quanto o primeiro, não tem
aquele elemento especial, aquele algo mais que tornou o primeiro livro tão incrÃvel
para mim. Isso faz com que eu pense se vale a pena prosseguir com essa série,
só para ver outras pessoas tão sem carisma quanto Margarete narrarem os
acontecimentos.
Mesmo
assim, tenho curiosidade com o livro de Elizabeth, a filha da protagonista de “A
Rainha Branca”. É uma personagem que promete ter tanto carisma quanto a mãe
embora não pareça ser tão esperta quanto a primeira. O tempo dirá se me animo
com essa continuação – ou não.
Não
me entenda mal, “A Rainha Vermelha” não é um livro ruim. É apenas
decepcionante. Mesmo assim, para os que gostam de romances históricos, talvez
seja uma boa escolha. Me diverti com a leitura até quando não estava gostando
muito da história ou da protagonista, acho que isso conta muito sobre o talento
da autora.
Dei
a nota 7,5 – o livro é bom mas tirei meio ponto por que demora para começar de
fato.
Olá, seja bem-vindo!
Pode falar o que quiser do filme, livro ou texto - só peço que tome cuidado para não ofender os outros leitores do blog. Nada contra palavrões mas também não vamos exagerar, ok?
Obrigada!