Filme: Feitiço do tempo (resenha / review)

segunda-feira, abril 20, 2015 1 Comments A+ a-

        E se todos os dias de sua vida se repetissem? Quando saiu para fazer a cobertura do "Dia da Marmota" numa cidadezinha do interior, o repórter Phil Connors não imaginava que um bug faria esse dia voltar ao inicio tão logo houvesse terminado: Ao invés de ir para o próximo dia, Phil está preso ao "Dia da Marmota". 
        Porque? Até quando? O filme não responde a essas questões de maneira direta. Meu palpite é que ao personagem principal foi dada uma chance de mudar sua vida e sua personalidade egoísta para alguém que realmente pudesse encontrar o amor. Bill Murray interpreta um Phil Connors de maneira muito natural, como se fosse parte de sua personalidade. Se nada vida real deve ser difícil aturar alguém tão arrogante, no filme é divertido ver o mau humor e miséria do personagem.
        O que mais gostei de "O feitiço do tempo" foi o fato desse "dia" durar, na verdade, vários meses e de mostrarem como esses meses mudaram realmente a vida do personagem: O homem que resulta dessa "aventura" meio inacreditável para ter mudado de um dia para o outro mas só os espectadores sabem o quanto esse dia, de fato, durou.
          Tirando o personagem de Murray, todos os outros personagens do filme tem que se manter lineares, afinal, tudo acontece em um dia só. Rita, o interesse amoroso de Phil, é uma mulher espontânea e não muito ambiciosa, um total oposto do Phil que ela conhece no inicio. Mesmo assim dá para perceber um certo interesse dela por ele, apesar desse logo ser apagado com a arrogância que o repórter demonstra, como se você a pessoa mais importante de todos os lugares por onde passa. Para que essa primeira impressão ruim passe "da noite para o dia" é preciso uma nova impressão igualmente forte e é isso que acontece.
            É um filme antiguinho, de 1993, que só tive a oportunidade de assistir devido a um dia de tédio surfando na Netflix*. Mas recomendo para os que gostam de uma boa comedia romântica, num ritmo mais lendo do que se vê nos filmes atuais mas também com aquele "quê" de inocência que não se encontra mais e do qual são feitos todos os clássicos do gênero. Nota 8 - um bom filme.

* Segunda vez que cito a Netflix em uma review. Juro que não estou sendo patrocinada (mas que poderia né? Cof cof) 

"My work always tried to unite the true with the beautiful; but when I had to choose one or the other, I usually chose the beautiful." -- Hermann Weyl Miss Carbono que é o numero 6 na tabela periodica

1 comentários:

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21 de abril de 2015 às 18:21 delete

Oi Karol, tudo bem?
Já ouvi falar tanto desse filme! eu vivo surtando de tédio na Netflix, mas ainda não consegui levar esse filme a diante! Quem sabe depois de ler sua resenha eu me arrisque nnovamente!
Bjus
Fabi
Romances & Sonhos

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