Resenha: Amizade Ardente – Elizabeth Bailey

segunda-feira, setembro 17, 2012 2 Comments A+ a-



Uma proposta ousada poderia colocar aquela amizade em jogo!Interior da InglaterraApós a morte do pai, Thais Dulverton precisou sair da mansão onde sempre vivera. Passou a morar em uma casa pequena, com a dama de companhia e alguns empregados. Terminado o período de luto ela foi surpreendida com o pedido de casamento de Leo Wetheral. A proposta era interessante. Leo não tinha a menor vocação para administrar as propriedades dele, preferindo praticar esportes. Thaís, que sempre administrara as propriedades do pai, de repente perdera a casa e a ocupação. Para Leo, o casamento resolveria o problema dos dois. Mas e Thaís, que sempre pensara em casar-se por amor? Ela não amava Leo. Eles eram apenas bons amigos! – Sinopse retirada do Skoob

            Thais e Leo são amigos desde pequenos. Amigos mesmo, melhores amigos na verdade; os dois são próximos como dois irmãos... Mas na verdade são apenas primos. Em um belo dia de Sol, porém, essa amizade fica abalada quando Leo propõe que ele e Thais se casem. Para Thais isso era um absurdo, os dois eram tão próximos que ela tinha dificuldade de enxergar Leo como um marido.
            Esse é o tipo de romance de mal entendidos, em que os mocinhos ficam achando um milhão de coisas e não assumem seus sentimentos até o ultimo instante. Thais e Leo têm química e, claramente se amam, mas não dão o braço a torcer de maneira nenhuma. E então aparece uma suposta rival e é ai que Thais se faz mais ainda de durona, pois acha que Leo jamais se sentiria atraído por ela.
            Peguei esse livro esperando um casamento de conveniência, mas na verdade os mocinhos não chegam a se casar, pois Thais recusa o pedido que Leo faz no começo. Mas gostei dos personagens principais, o casal tinha obviamente um sentimento muito forte um pelo outro e, embora troquem pouquíssimos beijos ao longo do livro (e só beijos) a química entre eles praticamente sustenta a história.
            ‘Amizade Ardente’ também conta com uma série de personagens secundários interessantes, como Susan e Valentino que, atuando respectivamente como melhores amigos de Thais e de Leo, participam ativamente na história. Também há a “rival” Jenny e a dama de companhia de Thais, chamada Edith, que lhe dá alguns conselhos ao longo da narrativa.
            Há pouco eu disse que é a química entre o casal que mantém o livro, mas não é só isso. Os diálogos são a base de toda a narrativa, a ponto de eu pensar se não poderiam facilmente adaptar esse livro para o teatro. Todos conversam entre si e há sempre uma entrada e saída dos personagens, como se aquilo fosse de fato uma cena. Sinceramente não me surpreendi quando descobri que a autora trabalhou como atriz de teatro por muitos anos.
            Até agora só citei elementos positivos. Gosto quando o casal não se acerta tão facilmente, gosto do fato de eles se amarem desde sempre... Só não gostei de eles serem primos. A autora escreveu algumas vezes ao longo da história sobre como era comum que os primos casassem entre si naquela época, principalmente no interior, que é onde os personagens moram e, teoricamente, seria muito fácil aceitar essa situação toda.
            Mas me incomodou essa relação de parentesco, principalmente por que a autora não definiu muito bem, deixando no ar esse grau de parentesco. Pelo tom da narrativa tive a impressão de que se tratavam de primos em primeiro grau e isso me desanimou com a leitura, ainda mais quando a autora escrevia que os mocinhos eram tão próximos quanto irmãos.
            Por esse incesto entre os personagens principais o livro perdeu muitos pontos comigo. Mas, se você não tiver nenhum problema com isso e gostar de histórias “de época” sem cenas muito calientes vai gostar desse livro. ‘Amizade Ardente’ não é ótimo, mas ainda merece a nota 7 – um livro razoável

Você já leu algum livro em que o casal principal tivesse algum parentesco? Leria?  Comente! 

"My work always tried to unite the true with the beautiful; but when I had to choose one or the other, I usually chose the beautiful." -- Hermann Weyl Miss Carbono que é o numero 6 na tabela periodica

2 comentários

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17 de setembro de 2012 às 11:23 delete

Olá!
Nunca li nenhum desses romances históricos. São os chamados romances de banca né? Minha mãe que lê muito eles, e sempre tive muita curiosidade. Gostei da história também, acho que vou acabar pegando um qualquer dia desses. ^^

Beijos,
Lú.

www.umblogviajante.com

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Yara
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15 de maio de 2013 às 12:51 delete

Olá, muito boa sua resenha...

Sou fã dessa categoria e particularmente não me incomoda a relação de parentesco dos personagens,até por que isso era uma realidade aceita e constante da época, na verdade até gosto quando um livro trás informações sobre outras costumes.

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