O dia em que voltei à Bienal do Livro (#BienalDoLivroSP)

sexta-feira, setembro 02, 2016 0 Comments A+ a-


   Minha primeira e última Bienal do Livro foi em 2012 (você pode conferir minha experiência neste post aqui). Fiquei em hotel, fui e voltei em ônibus "comum", tive que pegar metrô, andar... Enfim, gastei bastante dinheiro. 
   Já esse ano eu consegui ir um bate e volta, o que saiu bem mais barato: fui na sexta, passei lá o sábado (27/08) e retornei no final da noite de sábado para casa. Claro, foi bem mais pegado, a viagem de Araçatuba (interior de SP, onde moro) até São Paulo leva umas 7 horas mas valeu a pena. O ônibus deixou a gente na entrada do Anhembi as 9h30 e foi nos buscar as 21h. Deu para ver bastante coisa e, ao mesmo tempo, sinto que deixei muita coisa de lado. 
   Logo que cheguei me chamaram a atenção a quantidade de pessoas no evento. A fila para quem ia comprar ingresso estava bem longa, mas me disseram que tinha vários guichês então foi rápido. Eu já tinha comprado meu ingresso então foi bem rápido: menos de 5 minutos depois (tinha uma fila para entrar mas estava rápida, apesar da muvuca) eu estava na Bienal do livro. 

Estratégias de Compras

   Esse ano não fiz listinha para comprar na Bienal porque tinha plena consciência de que os livros que estão na minha lista de desejados dificilmente teriam nos stand com um preço melhor do que a internet. Além disso, não há nenhum livro desta lista que eu esteja morrendo de vontade de ler, por isso apostei em novidades: os livros que me chamassem a atenção e estivessem por um preço realmente bom, iriam pra casa comigo.

Visitando os stands

 Logo, minha primeira parada foram os standes da TOP LIVROS - um deles com tudo por dez reais e o outro com tudo por cinco: pensa numa pessoa que fez um estrago logo no primeiro stand?! hahaha Para piorar ainda tinha uma promoção de que, você comprando seis livros, pagava apenas por cinco e (é claro) eu aproveitei bastante. 
   O bom de começar no stand da Top Livros foi que daí criei um parâmetro para o restante do evento: É possível achar livros bons e em boas edições por até 10 reais (todos os que eu comprei foram nesse livro). Aqueles momentos na Top Livros foram como procurar livros num sebo, gostei bastante. 
   Ao lado da Top Livros estava a Saraiva e lá até cheguei a olhar alguns livros da coleção de bolso da Saraiva mas não comprei nada. A Nathalia Generoso, do Blog Beauty Full estava lá comigo e levou para casa "Harry Potter and the Cursed Child" por 79 reais, exatamente o preço do site da Saraiva, mas acho que valeu a pena porque não teve que pagar frete (e ela já pode começar o livro na Bienal mesmo haha).
Stand da Saraiva
   De um modo geral, todos os stands estavam muito bonitos, alguns com mais coisas legais (tipo o da Rocco com uma decoração incrível e o da própria Saraiva com o "trono de ferro" e outros lugares bacanas para tirar foto) e outros de maneira indireta, como o da Intrínseca e o da Planeta em que toda hora tinha sessão de autógrafos, promoções e outras coisas bacanas. No stande da Novo Conceito tinha Nicholas Sparks por 10 reais, e no da Arqueiro John Verdon por esse mesmo valor. Valia muito apena para os fãs desses dois autores porque não eram aquelas edições econômicas (não comprei o do Verdon porque o que estava em promoção eu já tinha). 
   Como eu já tinha previsto as editoras mais cobiçadas por essa blogueira que vos fala dificilmente fariam grandes promoções. E assim foi: Zahar, Editora 34, Estação Liberdade são só alguns exemplos de Editoras com livros tão incríveis mas tão incríveis que as pessoas compram mesmo eles custando os olhos da cara. Como essa foi a Bienal da Economia, não comprei nada nesses stands - mas ganhei um daqueles marcadores maravilhosos da Estação Liberdade quando passei por lá. 

   Ah, Karol, e a Record? E a Rocco? E a Companhia das Letras? 
   A Record naqueles mesmos preços que não fazem jus aos livros e a Rocco idem. A Cia das Letras estava oferecendo os livros da coleção "Ponto de Leitura" por dez reais e os da "Cia de Bolso" por 20. Stephen King naquelas edições de bolso? 20 reais cada. O restante dos livros da companhia estava bem carinho sim, mas a companhia ao menos entrega um trabalho mais ou menos decente. É justo cobrar 90 reais num box de literatura brasileira que tem (quase) todos os livros em domínio público? É de cada um, mas o capricho da edição talvez valha a pena para os que curtem clássicos brasileiros. 

O que mais vi (Tatiana Feltrin, Ziraldo e Donnie Darko)

Bate papo com Tatiana Feltrin
   Mas nem só de visitas e consumismo foi feita essa bienal. Eu ainda consegui ir a um bate papo no stand "Edições Sesc" que contava com a participação da booktuber Tati Feltrin. Se você não costuma ver vídeos sobre livros no Youtube talvez não saiba quem é ela, mas recomendo muito esse canal. Foi a primeira vloger de livros que segui (pouco mais de 1 ano atrás) e é uma das minhas principais referências quando quero dicas de leituras. 
  Pois bem, os 60 lugares disponibilizados para esse encontro com a Tatiana quase não foram suficientes, mas o pessoal do SESC deu aquele jeitinho maravilhoso e conseguiu encaixar todo mundo que estava na fila. O bate-papo foi muito interessante, discussões sobre best-sellers versus clássicos e do papel dos blogueiros e booktubers como esses intermediários entre os livros e os leitores. Foi um dos principais momentos da minha Bienal.

   Saindo de lá, uma amiga minha foi no stand da Editora Planeta pegar um autografo do Bruno Miranda, do Canal Bubarim. Estávamos em 4, ela ficou lá por um tempo e nós aproveitamos para comer alguma coisa. 
   Uma coisa boa desse ano é que havia bastante opção de alimentação dentro do Anhembi, de forma que não havia quase nada de fila. Uma coisa ruim é que comer dentro da Bienal continua sendo sinônimo de gastar muuito dinheiro: paguei 26 reais num hot dog com uma lata de refrigerante. 
   Saindo da praça de alimentação é que eu vi aquele coelho medonho gigantesco do filme Donnie Darko tirando fotos com a galera. Não era de uma editora específica, acho que era cosplay mesmo, mas fiz questão de tirar foto. 
   A Nathalia conseguiu credencial de imprensa e foi aí que eu vi o Ziraldo (vi o Otávio Mesquita na sala de imprensa também, mas isso é meio off topic né?). Ela foi tentar uma entrevista com ele mas, como já estava quase no horário do nosso ônibus chegar lá na porta e acabamos desistindo. 
   Antes de ir embora, ainda rolou aquela tradicional foto no Trono de Ferro e eu estava muito bem trajada para o momento, com minha camiseta dos Lannister. 
Hear me Roar!


Finalizando (o que achei do evento, o que comprei por lá, quanto gastei)

   A Bienal é um treco de outro mundo. Sério. Milhares de pessoas (estava bem cheio nesse dia, mas só tive problema para visitar os stands populares, os corredores e o resto estava bem de boa) reunidas para comprar, autografar e falar sobre livros. Um evento desse é o sonho de qualquer leitor e uma experiência dessa vale por mil livros comprados. 
   Mas, claro, fiz minhas comprinhas também. O Saldo final foi mais ou menos esse:
Espólios da Bienal 2016

Foram 8 livros comprados, num total de 70 reais gastos. Teoricamente cada livro custou 10 reais mas lembram que a Top Livros fez aquela promoção de 6 livros por 50 reais? 

   Na Top Livros comprei 6 livros mas como um foi para um amigo, os que eu comprei foram: 

  • Medo e outras novelas do Stefan Zweig: um livro desse autor estava 50 reais na Zahar, achei essa uma forma mais indolor de conhece-lo.
  • Encontro com 40 grandes autores do Ben Naparstek: entrevistas com nomes como Umberto Eco, Saramago, Paul Auster... O livro está no plástico, novinho.
  • Na linha de frente do Lawrence Block: outro nome que queria conhecer. Além disso amo essas edições de policiais da Cia das Letras que bem com a parte de fora das páginas pintadas. 
  • Terra Descansada da Jhumpa Lahiri: foi no canal da Rita Araújo que conheci essa autora indiana. Estou morrendo de vontade de ler os contos desse livro.

  • Polanski, uma vida do Christopher Sandford: não sou particularmente fã desse diretor de cinema mas acho que sua história deve ser interessante já que a vida dele é tudo menos comum (para quem não sabe: a esposa dele foi assassinada por seguidores de Charles Mason). 
   Esqueci o lugar, mas comprei também "101 horror movies you must see before you die". É um livro que eu não pretendo ler de cabo a rabo mas, amo filmes de terror e espero pegar boas dicas nesse livro (e também é uma ótima decoração para a minha sala rs). 
   No Stand da Gutemberg comprei "Meu primeiro Assassinato" da autora Leena Lehtolainen. Uns dias antes de ir para a Bienal eu estava procurando livros policiais com detetives mulheres e esse livro, do selo Vertigo, apareceu para atender minhas preces. Nem li a sinopse, a chamada da capa "Uma estreia de tirar o fôlego para Maria Kallio..." foi o suficiente. 
   Por fim, na Companhia das Letras, comprei o segundo volume da trilogia fronteiras do universo do Philip Pullman, A faca sutil. Já tenho o primeiro há certo tempo, pretendo começar a ler esse livros em breve. 

   Tirando os livros, ainda gastei 36 reais em alimentação, 26 dentro da bienal e 10 durante a viagem de ônibus. Levei bastante coisa para comer durante a viagem na mochila, por isso o valor não tão alto (lembrem-se que é uma viagem de 7 horas para ir e 7 horas para voltar). 






E isso foi tudo, pessoal! Você foi a Bienal? Que livros comprou? Comente! 


Nascida no interior de SP, formada em Publicidade e Propaganda, sempre gostou de dar palpites sobre filmes, séries, animes, livros e o que mais assistir/ler. Autora do Blog "Resenhas e Outras Cositas Más" (Miss Carbono) e "Coisas de Karol". No Twitter fala de política, séries e da vida (não necessariamente nessa ordem). Siga: @karolro


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