Filme: Anna Karenina (Resenha / Review) #Oscar2013
Quando foi chamada por seu irmão para ir até Moscou, Anna Karenina não esperava que essa fosse a viagem que iria mudar toda a sua vida. Casada, mãe de um filho de 9 anos, ela tem tudo para ser feliz no presente momento. Mas, logo nas primeiras cenas, percebemos o relacionamento frio que Anna tem com o marido.
Anna Karenina é baseado no livro homônimo de Liev Tolstói, um clássico da literatura russa de quase mil páginas. A adaptação desse livro gigantesco para um filme de 2 horas é uma tarefa hercúlea mas, infelizmente, nessa resenha não haverá uma comparação livro versus filme - afinal eu nunca li o livro.
Mas posso dizer que esse é um dos filmes mais visualmente bonitos que assisti nos últimos anos. Tanto o figurino (vencedor do Oscar 2013) quanto os cenários são lindos e impecáveis - e isso falando de um filme que é quase inteiro filmado em um teatro, com cenários subindo e descendo a todo o momento.
Enquanto Anna pouco a pouco cedia as investidas de Vronsky eu fui me acostumando com a poesia dessas trocas de cenário e da movimentação dos personagens secundários, que parecem dançar em cena. Sobre os protagonistas, não gostei de nenhum deles, nem mesmo do marido de Anna, Alexei Karenin. Com o passar da história fui me simpatizando mais com sua dor, por que qualquer outro homem teria reagido com muito mais violência ao que a mulher faz. Mas não posso dizer o mesmo de Anna e Vronsky, personagens obcecados um pelo outro desde o primeiro instante.
Nesse momento eu poderia dizer que essa é a versão russas de "Primo BasÃlio" e "Madame Bovary". Mas isso é subestimar a força dessa história que, embora tenha muito em comum com as já citadas, consegue ser ainda mais realista. Sim, a sociedade da época era hipócrita em aceitar o amante mas não a mulher adultera - porém não seria Anna Karenina ingênua demais? A mocinha teve todas as oportunidades para "se redimir" ao lado dessa mesma sociedade e, ainda assim, jogou tudo fora por amor. Mas, no final, só o amor não foi suficiente.
Dirigido por Joe Wright, de 'Orgulho e Preconceito' e 'Desejo e reparação', esse filme é pura poesia, um drama que passa pela tela como se estivéssemos assistindo a uma dança - ou uma peça teatral. Aproveito para elogiar as atuações de Keira Knightley, que já está se tornando especialista nessas heroÃnas de época, Aaron Johnson (irreconhecÃvel no papel de Vronsky) e Jude Law, que teve de assumir sua calvice para viver o estóico Alexei Karenin.
Assista o trailer
1 comentários:
Write comentáriosParabéns pela dica! Estou ansiosa para assistir Anna Karenina! Beijo!
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