Resenha: A cruz de Morrigan - Nora Roberts (Trilogia do Círculo vol. 1)

sexta-feira, abril 27, 2012 5 Comments A+ a-


“Eu te amo. Essas são as palavras mais fortes em qualquer mágica. Eu te amo. Com esse encanto, já pertenço a você.” (Glenna, pág. 282)

          Não é segredo para ninguém que eu sou fã de Nora Roberts. E também de que sou viciada em histórias sobre vampiros. Então, minha reação quando ouvi falar sobre a trilogia do círculo pela primeira vez foi no mínimo histérica: Eu precisava ler esses livros!

           Mas os anos foram passando e nada de alguma editora publicar a trilogia do círculo por aqui.  Fui lendo outros livros e acabei me esquecendo dessa trilogia até que em 2011, cinco anos depois de ter sido originalmente publicada, a Bertrand resolveu lançar esses livros por aqui. Ainda queria ler? Claro. Mas não estava mais tão empolgada, e nem tão curiosa assim.
          Foi então que ganhei os dois primeiros livros de presente e novamente tive vontade de ler. Ou seja, coloquei ‘Cruz de Morrigan’ no topo da pilha e me preparei para curtir a versão de titia Nora para os vampiros.

          Confesso que o livro demorou um pouco para me prender. O inicio, com Hoyt (o mocinho desse livro) bancando o caçador de vampiros foi desanimador. Não gosto de caçadores de vampiros, gosto dos vampiros, os vilões e malvados da história que de vez em quando se apaixonam. Então Hoyt conversa com a Deus Morrigan e é enviado para o futuro, só para dar de cara com o seu irmão gêmeo, Cian, agora um vampiro de mil anos de idade.
Cian, Cian, Cian... Isso sim é que é vampiro! Aquele ar egoísta e rico à lá Roarke, combinados com sede de sangue e imortalidade me cativaram desde a primeira frase. Mas, ah sim, é o livro de Hoyt, o feiticeiro.

ou - o mocinho desse livro           Gostei de Glenna, a heroína dessa história quase de cara. Ela tem um senso de humor bem sarcástico e, além de tudo, é uma bruxa – como não gostar? Mas Hoyt foi um pouco mais difícil de aturar, só comecei a entender e gostar do personagem depois da página 100 mais ou menos.  Ele é muito bonzinho, o que torna difícil para gostar dele.  Mas finalmente comecei a entender o personagem que, embora não entre para a minha lista de favoritos, também não é um idiota completo.
            Dito isso, vamos a história: Morrigan, a deusa, reúne um exercito de seis pessoas que, no Samhain deverão formar um círculo e estar preparados para a ‘batalha final’ contra a líder dos vampiros, Lilith e todos os outros vampiros. Se vencerem, os vampiros morrerão.              Se perderem, o mundo será destruído.

            Mas um “exército” de seis pessoas será o suficiente para derrotar a rainha dos vampiros, Lilith, com mais de dois mil anos? Apenas se treinarem e se unirem nesses três meses antes da batalha.

             Hoyt, Glenna, Cian e King (empregado e amigo de Cian) vão para um castelo na Irlanda e lá se preparam para a batalha. Não demora muito e Moira, a erudita, aparece, acompanhada de seu primo Larkin, aquele que muda de forma (ele pode se tornar qualquer ser vivo que quiser). Aparentemente o círculo está completo mas muitas surpresas ainda estão para acontecer.

- ou a mocinha do livro             Com certeza esse não é o melhor livro da Nora que eu li, mas a história parece promissora, mesmo os vampiros ocupando o lugar de vilões.  Os vampiros da autora são mais clássicos, fogem de cruzes e de água benta, não suportam a luz do Sol... E são, em essência, maus (Cian é exceção). Mas gostei, achei interessante a proposta e a mistura de vampiros com magia e deuses, tanto que já estou curiosa para ler o próximo livro.
              A única coisa que me incomodou um pouco foi a maneira de falar de Hoyt, Larkin e Moira. Tudo bem que eles vieram de outras épocas, mas ficar falando “Tu”, “vós” e todos os verbos na segunda pessoa no singular incomoda e dá um contraste absurdo com os outros personagens, como Cian e Glenna, que falam gírias e palavrões.  Tudo indica que os próximos livros também terão essa mistura, o que me deixa preocupada pois essa maneira de falar atrapalha o ritmo da história. Pelo menos me atrapalhou.

             Se gosta de fantasia, magia, deuses e universos paralelos, além de viagens no tempo, leia esse livro sem medo. Parece muita coisa mas Nora Roberts consegue montar um quadro interessante e, ainda que não esteja entre os melhores, ainda assim é um bom livro. Nota 8.

P.s.: No começo do livro vemos que a história é narrado por um velhinho numa tarde chuvosa e que este a conta para os seus netos. Eu já tenho um palpite de quem ele é e, se bem conheço a autora, acho que estou certa. 

Você gosta de histórias que misturam magia e seres sobrenaturais? Comente!

"My work always tried to unite the true with the beautiful; but when I had to choose one or the other, I usually chose the beautiful." -- Hermann Weyl Miss Carbono que é o numero 6 na tabela periodica

5 comentários

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27 de abril de 2012 às 14:09 delete

Eu nunca me interessei muito a ler esse livro, e se me atraia, era apenas pela autora. Mas assim como voce disse, nao é a melhor historia dela, então acho que deixo passar haha

Você já viu a Gincana de Revitalização que estamos realizando no blog? A primeira prova foi lançada hoje, corra e participe para ganhar vários prêmios, pois ainda dá tempo! http://hangoverat16.blogspot.com.br/2012/04/gincana-de-revitalizacao-001.html

xx carol

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27 de abril de 2012 às 15:45 delete

Parabéns pela resenha! Já li A Cruz de Morrigan e amei! Estou ansiosa para ler O Baile dos Deuses e O Vale do Silêncio! Beijos!

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Unknown
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30 de abril de 2012 às 23:03 delete

Nunca li nenhum livro da Nora Roberts, então nem sei como é o estilo de escrita dela... mas confesso que tenho algumas reservas quanto a mistura de seres desta série, não tenho muita vontade de ler...
Bjuss
Paty Algayer - http://www.magicaliteraria.com/

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Anônimo
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29 de junho de 2012 às 11:48 delete

estou lendo o terceiro livro e é muuito bom!!!

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Anônimo
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6 de julho de 2012 às 13:55 delete

Estou a ler esse livro neste momento e estou a gostar muito, uma história envolvente que me faz esquecer as horas, enquanto não terminar não descanso...
Fiquem bem e boas leituras :-)
Elisa

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