Filme: Os descendentes (Resenha/Review) #Oscar2012
‘Os descendentes’ faz parte da lista de filmes indicados ao Oscar 2012.
Havaà normalmente é sinônimo de vida despreocupada, praia, surf... Um paraÃso, é o que todos dizem. Mas, para Matthew King a sensação é de inferno, principalmente depois que sua esposa entra em coma.
Matt é um advogado workaholic , um pai e marido ausente. Ele também é muito rico, mas não gosta de esbanjar. Com o acidente, tudo muda, ele tem que tomar conta da filha de 10 anos e deixar de lado os compromissos de trabalho. Tem também que lidar com a traição de sua esposa, que só descobre por intermédio da filha mais velha, de 17 anos.
Uma famÃlia desunida é sobre o que fala Os descendentes. Há um leve questionamento sobre a devastação das florestas naturais do HavaÃ, mas o foco esta nessa famÃlia, no marido traÃdo, interpretado por George Clooney. Confesso que não sou muito fã dessas histórias meio dramáticas, mas o tom de ‘Os descendentes’ não é muito pesado – a trilha sonora havaiana, as paisagens magnÃficas, as atitudes dos personagens, que transitam entre a comédia e o drama... É como a vida, ou pelo menos flui dessa maneira.
Talvez por essa razão eu tenha sentido que o filme é um pouco lento, principalmente do meio para o final, quando um dos principais conflitos (o encontro entre Clooney e o amante) ocorre e depois disso, nas cenas seguintes, a sensação é de que nada acontece. Somente uma das ultimas cenas, é que o filme chega a uma espécie de clÃmax – só para terminar alguns minutos depois.
Sobre George Clooney, que está concorrendo ao Oscar de melhor ator por esse papel, achei que ele fez uma boa atuação. Seu personagem, ao contrário do ator que o interpreta, tem um andar mais folgado, quase desengonçado e também é muito contido em seus sentimentos, mesmo nesse momento dramático e é admirável como Clooney conseguiu passar isso para os expectadores.
Mesmo nos momentos em que seu personagem corre ou se zanga, a sensação é a de um homem que não está dando tudo de si, está mais contido. No final, porém, a máscara cai (desculpem esse clichê) e ele enfim demonstra toda a dor que está sentindo. Nas ultimas cenas vemos um Matt mais relaxado, o que é mostra da boa atuação de Clooney porque há pouquÃssimos diálogos nesses momentos.
Mas, ao contrário do que aconteceu em A dama de Ferro, quando tive certeza de que o Oscar era de Meryl Streep logo nas primeiras cenas, em Os descendentes, com a atuação mais sutil de Clooney não tive tanta certeza.
Sim, ele fez uma boa atuação. Mas será que vale um Oscar? Descobriremos logo mais. Para o filme minha nota é 7,5 – bom, mas tirei meio ponto pelos momentos mais parados.
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