|RESENHA| Eu, robô - Isaac Asimov
Um livro escrito na década de 50, sobre um tema que parecia, naquele momento, uma realidade no futuro: robôs. Iniciando com as 3 Leis da Robótica, e afirmando que nenhum robô pode descumpro-las, o início nos apresenta uma série de contos a segui que nos mostram que isso pode não ser bem verdade (ou ser verdadeiro até demais).
Relacionadas entre si, essas 9 histórias vão aumentando a complexidade, "jogando" com essas três leis, de forma a fazer o leitor se questionar cada vez mais sobre o tema. O final é um soco na cara, a chegada de um paradoxo assustador, que faz o leitor ficar pensando no livro horas (e dias) depois de tê-lo concluído.
Sobre a comparação entre o livro "Eu, robô" e o filme, com Will Smith, bem, eu já sabia que o livro e o filme eram muito diferentes entre si. O meu choque foi perceber que não há nada além do título e das 3 leis da robótica que relacione um história a outra. O filme, que antes achava divertido, se mostra uma decepção diante da genialidade que é o livro, não há a mesma sutileza na história, nem o mesmo desfecho perturbador. É uma caricatura, não uma adaptação.
Apesar da tecnologia dos robôs ser algo distante da nossa realidade, a reflexão que o autor traz em "Eu, robô" se aplica (e muito) aos nossos dias atuais: até que ponto nós seres humanos não somos controlados pelas máquinas que nós mesmos criamos? Isso é algo muito moderno e é por isso que o livro permanece novo, mesmo tendo sido escrito a muito tempo atrás.
Falando sobre a época que o livro foi escrito, durante a Guerra Fria, é interessante ver a solução que o autor (que é russo) dá para esse conflito que durou anos e anos: para ele, E.U.A. e U.R.S.S. iam acabar se unindo e, no futuro em que se passa o livro, eles formam uma das super potências mundiais.
Minha nota é 9,5 - o livro é excelente, mas o 10 é só para os favoritos (ou seja, se eu reler e continuar achando incrivel, volto aqui e dou um 10).
Olá, seja bem-vindo!
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