|RESENHA| Vida e Morte - Stephenie Meyer (Saga Crepúsculo #005)
E se os personagens de Crepúsculo tivessem
seus gêneros trocados? Se ao invés de Bella, uma humana, apaixonada por Edward,
um vampiro, nós tivessemos o humano Beau apaixonado pela vampira Edythe?
Stephenie Meyer diz no prólogo que isso não alteraria nada a história em nada e
passa o livro todo tentando provar isso, chegando ao ponto de mudar o
gênero de TODOS os personagens da história (tirando Charlie e Reneé).
Assim que li sobre o
lançamento dessa história fiquei louca para ler. Afinal (me julguem) Crepúsculo é
uma saga muito importante para mim, realmente marcou o final da minha
adolescência. Esperava algo diferente do livro principal, apenas com a mesma
temática mas qual não foi minha surpresa ao descobrir que o livro era exatamente igual ao original, com
várias cenas e diálogos idênticos ao primeiro.
Embora ler essa
versão de Crepúsculo tenha despertado minha adolescente
interior (me senti com 16 anos de novo), logo essas similaridades passaram a
me incomodar. A impressão que me deu foi que a autora se esforçou
de mais para encaixar as cenas no primeiro livro nessa versão alternativa,
tornando algumas partes bem forçadas. Talvez a história fosse mesmo a mesma em
muito aspectos mas tentar passar até mesmo as expressões de Edward para Edythe
foi demais, tornou difícil imaginar esses personagens como algo mais do
que Bella e Edward com gêneros trocados. Eu sei que o tema é
"Crepúsculo Reimaginado" mas, em muitos momentos, me pareceu
"Crepúsculo exatamente o mesmo".
Se a autora não
tivesse se prendido tanto a esse molde a história teria sido muito melhor: as
poucas cenas em que ela se afasta de "Crepúsculo" mostram que Beau e Edythe tem várias diferenças
do casal em que foram baseados e que são apaixonantes a sua própria maneira.
Beau é muito mais divertido e uma personagem mais "gostável" que
Bella, mas só vemos isso nas poucas cenas em que Stephenie não tenta nos socar
TWILIGHT guela abaixo de novo.
Falando em
personagens, os secundários não tiveram chance, ficaram esquisitos com gêneros
trocados e ponto (talvez pelo pouco tempo para desenvolve-los). Archie e Jessamine, por exemplo, só
serviram para me fazer sentir saudade do meu casal favorito da saga, Alice e
Jasper. Para que trocar o gênero desses personagens se não teria chance de
desenvolve-los melhor? Achei essa escollha da autora um pouco ambiciosa
demais.
O final foi
exatamente o que eu gostaria que o livro todo tivesse sido - diferente. Me deu vontade de ler mais sobre
Beau e Edythe, esse mundo alternativo terminou criando ramificações
interessantes que gostaria de acompanhar com mais detalhes. Mas acho difícil a
autora escrever mais sobre isso, "Vida e Morte" tem toda a história
única. Terminei o livro feliz e triste ao mesmo tempo: feliz por ter
lido e triste pelo final de tudo (foi como terminar a Saga mais uma vez).
Resumindo, gostei muito do começo (Crepúsculo palavra por
palavra), me enjooei no meio da história e amei o final, apesar desse ter algo
de agridoce (espero que não considerem isso spoiler). O momento em que a
autora toma vergonha na cara e resolve se distanciar de Crepúsculo - pirei com
essa cena.
Minha nota é 7 - o livro é razoável, mas teria sido muito bom caso a
autora tivesse se afastado de Crepúsculo antes e não somente nas 50 páginas
finais.
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