|FILME| Star Wars - O despertar da Força #EpisodioVII (Resenha / Review)
Esse filme poderia se chamar o "Despertar de uma obsessão" pois, desde o anúncio de seu lançamento todo o meu amor por Star Wars retornou e agora está mais forte do que nunca (como você pode conferir na minha maratona dos filmes aqui). Fui ao cinema numa sexta feira e, pela sessão lotada de pessoas usando camisetas da franquia e expressões ansiosas que vi, não sou a única a me sentir assim.
A primeira coisa a ser dita sobre esse reboot da Saga é: esqueça os episódios I, II e III. Temos aqui um filme que é, do início ao fim, uma grande homenagem a trilogia original. Talvez homenagem não seja a palavra certa a ser usada aqui, mas o fato é que "O despertar da Força" dialoga bastante com os episódios IV, V e VI da Saga (principalmente o episódio IV). Assistir a esse filme foi como olhar em um espelho: tudo parece muito similar e isso é maravilhoso mas algumas coisas ocorrem de maneira contrária ao o que se espera o que torna a experência, ao mesmo tempo, familiar e surpreendente.
O filme conta a história de Rey, uma jovem de um planeta deserto chamado Tatooine que vê sua vida mudar de um dia para o outro com a chegada de um pequeno robô, dessa vez um adorável androide chamado BB-8. Veja bem, C3PO e R2D2 também são adoráveis, mas aqui temos um concorrente a altura (e com muitos mais recursos que seus antecessores).
Desde a primeira cena, com o logo e músicas retrô e aquele "prólogo" escrito num fundo estrelado o filme já me cativou totalmente. Mas, para a minha alegria, houve mais.
Afinal de contas esse é o único filme de todos que vi da Saga até hoje que me fez chorar tanto de felicidade quanto de tristeza - em "A vingança dos Sith" chorei (pouco) mas só de tristeza. Não vou falar sobre a cena triste mas a de alegria envolve Han Solo na Millennium Falcon depois de tantos anos.
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| We're back home, Chewie |
Falando em personagens vou falar um pouco dos novatos. De forma geral, gostei muito de Rey, Finn e Poe. Certamente eles ainda precisam se desenvolver como personagens e mostra a que vieram mas, nesse primeiro contato, se mostraram promissores, mesmo com os "veteranos" roubando a cena.
Sobre o que não gostei do filme, uma coisa que me incomodou foi a banalização da Força: temos jedis que surgem quase intuitivamente e pessoas que, mesmo empunhando sabre de luz com fúria e medo, não vão para o lado negro - o que é estranho, considerando que são todos esses sentimentos que quase levaram Luke para esse lado, por exemplo.
Falando em lado negro, Kylo Ren é, em todos os sentidos possíveis, o pior vilão que já vi em Star Wars: infantil, irritante, birrento e mal-agradecido são só alguns adjetivos para ele. Depois de um vilão tão icônico quando Vader, Kylo é uma decepção pois, apesar de poderoso, não desperta medo ou compaixão ou qualquer coisa exceto raiva. Ainda temos outros filmes para conhece-lo melhor mas esse começo não foi nada promissor.
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| Kylo "Babaca" Ren enfrentando Rey e Finn |
No geral, o filme foi muito bom, a Disney fez um trabalho melhor que o próprio Lucas em revitalizar a Saga e isso é excelente. J.J. Abrams, que é o diretor e também assina o roteiro, conseguiu recriar toda a magia de Star Wars, mas ao mesmo tempo também a renovou, com questões e situações que me parecem mais dramáticas que as do primeiro filme.
Quem diria que um filme da Disney iria partir meu coração e me fazer chorar como uma criança no cinema? Bem, é previsível, já que é a mesma Disney que fez essa cena aqui, uma das mais tristes do cinema.
Ok, agora estou divagando. Minha nota é 8 - o filme é muito bom e tem cenas que valem nota 10, mas tem ainda muitos mistérios e cenas em aberto que me impedem de dar uma nota maior, Mas é um ótimo começo.
|TRAILER|
Star Wars concorre ao Oscar 2016 nas categorias: melhor trilha sonora, melhor edição e mixagem de som, melhor efeito visual, entre outros.
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