|RESENHA| Guia do Mochileiro das Galáxias - Douglas Adams
Arthur Dent é um típico inglês, com nada de especial. A não ser o fato de que ele é único sobrevivente de seu planeta, depois que a Terra é destruída. Arthur é salvo de se tornar história por seu amigo Ford Prefect que, embora tenha se passado por humano durante vários anos, é na verdade um extra-terrestre vindo de um planetazinho também extinto; Ford estava preso na Terra após ter ido lá para fazer pesquisas para o "Guia do Mochileiro das Galáxias". Juntos, Arthur e Ford embarcar numa aventura intergaláctica com direito a um encontro com os seres mais bizarros do planeta Terra.
Depois de ler "Psicopata Americano" eu entrei numa ressaca literária das bravas (não por que o livro fosse bom, veja bem). Estava por aí, num estado emocional tão ruim, me sentindo muito mal... Até que comecei a ler "O Guia do Mochileiro das Galáxias". Acho que foi a melhor decisão literária que eu tive esse ano: não só iniciei uma série que quero ler a tempos, como também consegui sair rapidamente dessa minha ressaca.
Pense num humor irônico e debochado, personagens meio malucos e situações altamente improváveis e você terá uma boa ideia do que é "O Guia do Mochileiro das Galáxias". Todos as situações, por mais bizarras que pareçam, são também uma alfinetada nos próprios costumes e idiossincrasias dos seres humanos. Quando diz que a Terra foi destruída para que fosse realizado uma "obra interplanetária" que se torna obsoleta segundos depois da destruição daquele planeta, Adams está criticando a própria burocracia que os políticos humanos praticam, entre outras situações.
Outra coisa que eu achei em interessante nesse livro é que, por ser tão popular entre os leitores, ler suas páginas é como fazer uma releitura. Eu conhecia boa parte das sacadas desse livro - praticamente inofensiva, o sentido da vida universo e tudo mais - o que me deu essa sensação de familiaridade mas não deixou a história sem graça, pelo contrário: ler um livro tão na minha zona de conforto e, ao mesmo tempo, tão divertido e absurdamente improvável, foi uma experiência maravilhosa. Exatamente o que eu precisava naquele momento pesado pós "Psicopata Americano".
Não há muito o que dizer sobre esse livro. Ele é bem curtinho, por isso não gostaria de revelar mais sobre essa história, a primeira de uma pentalogia (ou, como o autor gostava de dizer: "uma trilogia de cinco livros"). Pretendo continuar a ler os outros volumes, mas acho que vou 'economiza-los' o máximo que puder: afinal, nunca se sabe quando vira a próxima ressaca literária.
Nota 8 - um bom livro.
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